A ILHA DE SÃO JORGE
Rápido deve ter sido o povoamento da ilha, com gentes vindas do Norte do continente, bem como a sua prosperidade, pois a sua capitania era doada, em 1483, a João Vaz Corte Real, donatário de Angra, na Terceira, e Velas recebia foral de vila antes do final do séc. XV. Topo era sede de concelho em 1510 e Calheta em 1534, demonstrando a vitalidade de uma economia que, além da vinha e do trigo, tinha no cultivo do pastel e na colheita da urzela, exportados para a Flandres e outros países da Europa, e usados na tinturaria, as suas principais produções.
A crise dinástica provocada pela subida ao trono de Portugal do rei Filipe II de Espanha teve os seus reflexos em São Jorge, que, como a ilha Terceira, tomou o partido do pretendente D. António, Prior do Crato, só vindo a capitular frente aos espanhóis após a queda da Terceira, em 1583. Segue-se um período de séculos em que a ilha se mantém quase isolada, o que se deve atribuir ao abrigo precário que os seus portos ofereciam aos navios, à sua limitada importância económica Mesmo assim é sujeita a ataques de corsários ingleses e franceses durante os séc. XVI e XVII e às devastadoras razias dos piratas turcos e argelinos. No final do séc. XVI, uma secção da esquadra sob o comando do conde Essex desembarca na enseada da Calheta.
Para a repelir os habitantes arremessam pesadas pedras - únicas armas de que dispunham - e um soldado chamado Simão Gato, enfrenta o oficial da força inimiga, derruba-o e arranca-lhe a bandeira. No séc. XVIII, o corsário francês Du-Gnay-Trouin pilha São Jorge e, no ano de 1816, um corsário argelino que procurava apoderar-se de um navio mercante, é rechaçado pelos tiros da fortaleza da Calheta. Outras calamidades afligem São Jorge. São as privações e crises de alimentos em maus anos de colheita, desde o séc. XVI ao séc. XIX, os sismos e erupções vulcânicas de 1580, 1757 e 1808 .
O isolamento do passado tem vindo a ser quebrado com as obras realizadas nos dois principais portos - Velas e Calheta - e o aeroporto, abrindo a São Jorge novos horizontes de prosperidade e progresso, para o que conta com a integral utilização dos seus recursos naturais, a expansão da pecuária e dos lacticínios, da pesca e da indústria de conservas.
GASTRONOMIA
Queijo, espécies, torresmos de porco, molha de carne, caldeirada de congro, inhames com linguiça, bolo de véspera, rosquilhas, aguardente de nêspera e angelica.
O QUE VISITAR
Natureza
- Poça do Simão Dias;
- Fajã da Caldeira de Santo Cristo;
- Ponta do Topo;
- Parque Florestal Sete Fontes;
- Ponta dos Rosais;
Cultura e Lazer
- Centro de Interpretação da Fajã da Caldeira de Santo Cristo;
- Casa do Parque de São Jorge;
- Torre da Igreja da Urzelina;
- Cooperativa de queijo dos Lourais;
- Piscinas Naturais em Velas;
- Museu de São Jorge;
- Casa de Artesanato da Fajã dos Vimes;
Atividades
- Canyoning;
- Trilhos Pedestres;
- Mergulho;
- Pesca;
- Passeios de Bicicleta;
- Passeios de Barco.
COMO AQUI CHEGAR
O transporte aéreo é o principal meio para entrar no Arquipélago dos Açores. Este transporte é assegurado pela Sata Internacional, Tap Portugal e pelas companhias de Lowcost da Easyjet e Ryanair, com voos regulares desde o Continente Português e Arquipélago da Madeira, bem como de outros destinos internacionais em voos charter.
As ligações entre ilhas são asseguradas regularmente pela Sata Air Açores. Outro meio de transporte após estar no arquipélago é o Barco, através das carreiras regulares do Ferry-Boat da Atlanticoline, entre todas as ilhas dos Açores.
Transportes Aéreos
- Sata;
- Tap;
- Easyjet.
Transportes Marítimos
Entre as ilhas do triângulo existem ligações de barco asseguradas pela Atlânticoline, com carreiras diárias entre as ilhas de São Jorge, Pico e Faial.